O Pampa (part. Márcio Correa)
Fabiano Bacchier
O pampa é assim
Um mundo velho sem fim
O pampa é que nem cavalo
Este fascínio é uma ideia de largueza
De várzeas que não terminam
É terra toda domada na sensação de domínio
O pampa é das pradarias
Verde e azul de campo e céu
Corredor das ventanias desquinchando o santa-fé
Dos pobres ranchos de barro
Que, infelizmente, ainda existem nesta terra de Sepé
É o pampa das abundâncias das tropas de gado gordo
E fartas safras de espiga
O arado penetra a terra, macho de ferro fecundo
Matando a fome do mundo para que a vida prossiga
Este é o pampa dos gaúchos, todo cheio de contrastes
Riqueza em centros urbanos
(Periferias à parte)
Das mansões de veraneio até malocas de lata
Ardendo no Sol da tarde
Tanta luta, tanta obra, tanta falta, tanta sobra
Tanta luta, tanta obra, tanta falta, tanta falta
O pampa somos nós mesmos
Todos nós, ricos ou pobres
Os de a pé e os de a cavalo
Os da vila e os da roça
Os que amamos esta terra
Porque sabemos que é nossa
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