Lacrimosa
Nato Vieira
Na escuridão, destinos sombrios vivi
Segue tal desespero cruel
O meu coração expõe suas feridas a ti
Sob a luz do luar no céu
Tão atroz, tão gentil, o segredo que confiou (a mim)
Com valor, com denodo, me aventuro na noite
Lacrimosa, e a perecer, alma a desaparecer
Tento evitar, mas fico a sonhar, meu paraíso, aquele lugar!
São delírios irreais, confidências lacrimais, minh'alma jaz impura e em paz
Mas mesmo assim, quero chorar por amor
Para o requiém segue a carruagem do além
Mil segredos traz dos confins
Sonhos e ambições são só armadilhas que vêm
Conduzir tolos ao seu fim
No inferno e no céu, deuses, demônios se mostram iguais (porque)
No pecado e no amor, prantos não valem nada
Lacrimosa!
Juntos queimemos esta visão, viremos parte desta estação
Até o céu quebrar, e não mais-deixar viver
Lacrimosa e a cair, vida nova vou seguir
Falho e sem fé, triste e cruel, quero amar este mundo, até
Meu perdão vou dispensar, se eu puder perdoar
E estar aqui, a ver o fim
Em meu olhar, lágrimas vêm o passar
Lacrimosa
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